Acho engraçado os atuais
“governantes” falando em cortar privilégios de servidores públicos. Não estou
aqui negando e fechando os olhos para distorções que existem sim, mas que não
chegam perto dos auxílios moradia de juízes na casa dos 4 mil mensais.
Esquecem eles que de fato, os
direitos dos servidores como auxilio alimentação, triênios, licenças-prêmio
foram reivindicações históricas, contudo os servidores não concederam isso a si
mesmos. Foram eles que os criaram, mais movidos pela intenção de ganhar votos
do que de criar justiça.
Ocorre que há um outro viés nesta
história: Porque hoje isto está incomodando?
Acredito que as fontes de
recursos e doações eleitorais estão secando, em face da atual vigilância que
estão sofrendo. Com este sucateamento do serviço público, ter-se-á menos
servidores, e tendo menos servidores, abrir-se-ão mais terceirizações e
“contratos emergenciais” sem licitação, criando um novo fluxo e oportunidade de
arrecadação das comissões e doações eleitorais.
Os altos salários do Judiciário,
nos Militares e dos altos escalões não estão na pauta. Também não está na pauta
o contingente de cargos comissionados que muitas vezes passam horas a fio nas
redes sociais e em joguinhos de computador.
Estamos falando de médicos,
engenheiros, fiscais, auxiliares administrativos, advogados, merendeiras,
professores. Sim, estes são os privilegiados que mais sofrerão pois as medidas
não estão miradas nos grandes salários.
Por fim, uma outra realidade mais
sórdida: Quanto menos servidores
estáveis, menos testemunhas. Pense nisso!