Advertência: Este artigo está sendo escrito sem medo de desagradar a opinião pública. Tem apenas a finalidade de tornar, minha própria opinião: publica.
Segundo o dicionário Wikipedia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Opinião), a palavra opinião teria o seguinte significado e origem histórica:
Opinião
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Na Filosofia de Parmênides, opinião (doxa, (do grego δόξα, doxa, « opinião », « conjectura ») é a idéia confusa acerca da realidade e que se opõe ao conhecimento verdadeiro.[1]
Assim, as análises baseadas em opiniões são bem distintas das idéias baseadas na observação metódica dos fatos.
Em jornalismo, a opinião de um veículo é expressa no seu editorial. O chamado "jornalismo de opinião" é um gênero realizado por colaboradores, geralmente denominados colunistas, que não necessariamente representam a opinião do veículo.
Quanto ao termo publica, entendo que o sentido do mesmo se refere à “originada de uma maioria”, até porque se entendermos como correto utilizarmos “originada de todos” estaríamos exagerando e caindo no ridículo e no descrédito.
Nos debates e nas polêmicas, em geral, muitos utilizam dos veículos de comunicação, como se fossem profundos conhecedores e porta-vozes da “opinião pública” (verdadeiros advogados sem procuração).
Estes discursos muitas vezes até possuem respaldo na opinião de muitas pessoas, contudo, me surpreende como tais oradores são contraditórios, generalistas e manipuladores.
Quando interessa, culpam o povo, os eleitores, pelos desmandos da política. Quem de nós não ouviu comentários do tipo:
“O povo tem o governo que merece.”
“Os Culpados são os que elegem pessoas como o Deputado Tiririca.”
Quando é de seu interesse, dizem:
“Tal acontecimento deixou claro que o povo é contrário a essa lei.”
Quando ganham uma eleição dizem:
“ O povo sabiamente me escolheu. A vontade popular tem de ser respeitada.”
Quando perdem:
“O povo é ignorante e desconhece a política.”
No frigir dos ovos, devemos nos perguntar se em cada polêmica realmente existe alguma pesquisa científica que deixe claro qual a opinião publica, pois do contrário cada um se apropria como bem entende, e quando lhe convém.
Só para ilustrar: uma pesquisa do TSE feita no final do ano de 2010, indica que uma parcela significativa dos eleitores, naquela data já haviam esquecido em quem votaram para Deputados Federais e Senadores. (http://oglobo.globo.com/pais/mat/2010/11/29/pesquisa-revela-que-muitos-eleitores- esqueceram-em-quem-votaram-923135787.asp). Podemos presumir que hoje o percentual é muito maior.
Então, até que ponto a opinião pública deve ser considerada fundamental num debate?
Devemos lembrar que, pela conceituação mostrada acima, a mesma se trata de uma ideia confusa da realidade, e não uma verdade propriamente dita.
Precisamos considerar que em geral, a opinião pública, não se funda em conhecimento científico e estudo aprofundado, muitas vezes se balizando apenas no subjetivismo e “indo no embalo” da opinião editorial de alguns veículos de comunicação.
A opinião individual sempre deve ser respeitada, e opiniões que coincidem coletivamente não devem apenas ser utilizadas por interesse e depois esquecidas, pela conveniência dos manipuladores e porta vozes.
O fato de uma ideia ser avalizada por muitos não faz dela uma verdade automaticamente. A coincidência de ideias pode muitas vezes apenas significar uma coincidência de equívocos.
O ser humano erra e nunca deve se fechar em suas opiniões. Nossas ideias individuais não são um fim em si mesmo. O tijolo não é a obra, e a obra não é o tijolo.
Pensem Nisso!
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